terça-feira, maio 17, 2005

Exterior às organizações


TwoWaysAndIDontKnowTheExit, foto de Fernando Bartolomeu

A verdadeira revolução social - que ainda estamos a viver - é a mudança de uma vida organizada e feita à medida dos outros, para um mundo em que somos completamente forçados a ser responsáveis pelo nosso próprio destino. (ver texto: Crise de Identidade).

Num mundo mais competitivo, no qual as mudanças nos são impostas, contribui para diminuir os limites entre instituições e indivíduos.

Nesta nova era, quer as instituições sejam de trabalho, de casamento, quer comunitárias, os contratos parecem ser precários e infinitamente negociáveis. Para uns significa uma liberdade emocionante, para outros gera uma horrível insegurança.

De acordo com dados oficiais, na Inglaterra, em 1995, o desemprego era de 8%, 24% de trabalhadores em “part-time” e 19% de trabalhadores por conta própria ou em regime temporário. Se somarmos estes números, obtem-se 51%, ou seja, mais de metade da força de trabalho disponível não tem emprego a tempo inteiro dentro de uma organização.

Os números oficiais para os Estados Unidos, revelam um valor de 37% global, para as pessoas que trabalham no “exterior” das organizações.

Os países da Europa oscilam entre estes dois números (37 e 51%).

Assim, a Inglaterra lidera o campo da flexibilidade, se liderar for o termo certo para este facto preocupante.

[1] Os meus agradecimentos ao fotógrafo Fernando Bartolomeu, que tão conseguidamente funde a visão com os meus pensamentos, com a foto TwoWaysAndIDontKnowTheExit, In eskilofreniko